TRISTEZA: EMOÇÃO PARA SER SENTIDA, SIM!

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Como muitas emoções consideradas negativas, a tristeza é mais uma daquelas que fomos ensinadas a não sentir: “Não fique triste, vai passar”, “Levante a cabeça e pare de chorar” ou “Chorar são para pessoas fracas” são exemplos de como passamos boa parte da vida negando o que simplesmente deveríamos acolher e dar atenção para compreendermos melhor. Sim, a tristeza é necessária, pois é ela que nos ajuda a lidar com a perda, nos ajustar às decepções e até mesmo, a morte de alguém.

 

E se formos olhar para o ano de 2020, podemos perceber como ela foi potencializada devido à pandemia do covid-19. Uma pesquisa, realizada pela Fiocruz em parceria com a Unicamp e UFMG, relata que das pessoas entrevistadas no estado de São Paulo: 39% delas se sentiram tristes ou deprimidas, enquanto 50,9% se sentiram ansiosas e nervosas com frequência. Dessa porcentagem, quem mais relatou episódios de tristeza foram as mulheres: 48,4% em relação aos homens com 28,5%.

 

Considerando que planos foram alterados, muitas empresas fechadas, empregos perdidos, relações finalizadas, conseguimos entender o motivo dos números serem tão altos quando o assunto é a tristeza. Por isso, a atenção deve ser constante, uma vez que se não deixarmos que essa emoção exista, e cuidarmos para entender a raiz do que estamos sentindo, ela pode se tornar uma doença como depressão, ansiedade e pânico.

 

Diferente do que escutamos a vida toda, não devemos resistir a essa emoção e sim, deixá-la existir, viver o período de luto, mas sem permitir que faça morada dentro de nós mesmos. Lembre-se que a tristeza nada mais é do que um sinal de que alguma coisa não vai bem e precisa ser mudada. Mas para mudar, não podemos deixar a tristeza nos dominar, precisamos usar deste momento de internalização para repensar nossos caminhos e escolhas. Dessa forma, estaremos de fato aprendendo e transformando a tristeza em novas fontes e maneiras de ser feliz!

 

E eu posso falar com propriedade, pois nesse período pandêmico, passei por uma separação que levou várias certezas que existiam, mas também trouxe muito espaço para mudanças. Hoje, eu posso afirmar que estou muito feliz, agradecida por tantas oportunidades que estão batendo na minha porta. E adivinha? Isso só aconteceu porque eu consegui aceitar a tristeza, compreender meu luto e principalmente, deixar o velho para trás, me abrindo para o novo. Levei a tristeza para passear, mas não deixei que ela tomasse as rédeas da minha vida.

 

Por isso, eu digo: sem tristeza não há felicidade, pois não há mudanças, aprendizados, e não há abertura para a ressignificação. E é com essa energia que convido vocês a aguardar o encerramento desta série de artigos sobre emoções para conversarmos sobre a felicidade! E estendo o convite para nosso encontro online “Seja Produtivo, Realizador e Feliz em 2021”, que acontecerá no dia 12/12 e contará com a minha participação e do meu parceiro Kleber. Um workshop para ressignificar 2020 e planejar 2021 e ressignificar 2020.

 

Conecte-se conosco. Alinhe-se com seu propósito. Transforme sua vida!

Artigo escrito para a Revista Dolce Morumbi, em 16/11/2020.
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Ana Kekligian é Palestrante, Fundadora da EBC – Empresa Brasileira de Coaching, Master Coach, Analista Comportamental, Especialista em Inteligência Emocional e Especialista em Produtividade. Atualmente com cinco importantes certificações internacionais pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching: Professional & Self Coaching, Coaching Ericksoriano, Master Coach, Análise Comportamental e Inteligência Emocional. Certificado de Especialista em Inteligência Emocional pela SBIE – Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional e Triad Certified Productivity Specialist, formada pela TriadePS.

Vasta experiência corporativa, onde atuou como executiva de marketing por mais de 18 anos em importantes empresas.

Além disso, administra outros importantes papéis: como mulher, mãe, filha, irmão, amiga e CEO de si mesma.