Se você ja passou por ocasiões onde se sentia bem preparado para executar uma atividade importante, mas na hora “H”, falhou e sabe que foi por razoes emocionais, esse texto é para você!
Para poder entender melhor esse adversário interno que nos habita, precisamos entender primeiro o conceito de SELF.
Jung chamou o self de arquétipo central, arquétipo da ordem e totalidade da personalidade. “Consciente e inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o self.”
Vamos tomar essas duas palavras atentamente (Consciente e Inconsciente), pois nelas está a chave para vencer esse jogo mental.
De acordo com Tim Gallwey, o autor do livro “O jogo interior do Tenis”, quando praticamos um esporte competitivo, estamos na verdade, disputando dois jogos: um com o adversário do outro lado da rede e outro, com o adversário interno (nosso self).
Tim expande o Self de Jung, chamando o lado consciente de Self 1 e o inconsciente de Self 2.
Com base em observaçoes, Tim conseguiu compreender porque alguns de seus alunos que treinavam tão bem, não conseguiam obter a mesma performance quando eram colocados a prova numa competição. Os feedbacks eram constantes:
– “Eu sei o que tenho que fazer, mas quanto mais eu tento, menos alcanço.”
– “Eu sei o que está me impedindo, mas não consigo quebrar o hábito.”
– “Eu fico tão nervoso que perco a concentração.”
Essas são manifestações do Self 1, nosso lado ditador, totalmente julgador e crítico. Quando ele entra em cena, o nervosismo toma conta e caimos numa espiral negativa da performance. É ele que nos dá os comandos, normalmente da pior maneira possível:
– “Mantenha a calma, seu estupido!”
– “Decore cada linha do texto e não se atreva a esquecê-lo”
– “Não deixe essa venda escapar, não deixe esse cliente escapar, idiota”
Parece agressivo? Pois muitas vezes, conversamos assim mesmo conosco! Se nos transportarmos para nosso ambiente de trabalho, quantas situações semelhantes já não enfrentamos, não é mesmo?
Self 1 e Self 2.
Nosso lado racional (Self 1) é o comandante de nossas atitudes. Porém, quem é responsável pelo executar, pelo fazer é o Self 2. É ele quem coordena nosso corpo fisico, nosso sistema nervoso, memoria e nossa mente Inconsciente.
Se deixarmos o julgamento, a crítica (self 1) tomar conta, não conseguiremos executar nossas ações da maneira como aprendemos e sabemos (self 2).
Precisamos aprender a sossegar o Self 1 e passar a confiar mais no Self 2. Como? Invista no seu autoconhecimento.
Busque entender melhor como funciona, quais seus sentimentos em momentos críticos, seus pontos fortes e suas oportunidades. O Coaching é um ótimo aliado para aprendermos a equilibrar nossos Selfs 1 e 2. E claro, recomendo também a leitura do livro do Tim.