Já refletimos sobre o impacto de 4 emoções básicas nas nossas vidas e enfim, chegamos na felicidade! Mas o caminho até ela nem sempre é fácil, não é mesmo? Integramos que o medo pode ser benéfico e a raiva, se bem trabalhada, deve ser liberada. O amor acolhe e consegue se ligar a todas essas emoções. E, sem a tristeza, não entenderíamos o sentimento de plenitude ou animação que a felicidade nos traz.
Apesar de ser apresentada por último nessa série de artigos, a felicidade não é encontrada apenas no fim da jornada. E talvez você conheça alguém que esteja esperando para ser feliz, esperando o carro novo, a casa própria, a proposta de promoção do emprego, o reconhecimento das pessoas ao redor ou viver o grande amor. Talvez você inclusive já tenha se deparado com essa pessoa no espelho: aquela que está sempre esperando. Esperando algo acontecer ou um sonho se tornar real para finalmente encontrar a felicidade. Mas, mesmo sem conseguir identificar, ela sempre esteve do nosso lado, ou melhor, dentro de nós. Isso acontece, porque a felicidade é a emoção que nos coloca em equilíbrio, principalmente após vivermos experiências decepcionantes. É como se ela amenizasse essas frustrações e então, nos acolhesse. Mesmo sem esse conhecimento consciente, saiba que seu cérebro sabe disso.
Uma situação ilustrativa é quando você está naquele dia que a tristeza parece dominar. Por que você procura por um chocolate? Por que um abraço ou um sorriso é capaz de fazer você se sentir melhor? Porque o nosso cérebro é preenchido de hormônios do prazer, dopamina e serotonina, quando você sente felicidade. E ele vai procurar sempre algum caminho para manter as conexões neurais positivas, por isso essas sensações.
Imagina uma vida inteira esperando para ser feliz só no final? Quando na verdade, a felicidade é essencial para balancear e manter nosso emocional em equilíbrio. Sabemos que os motivos para ser feliz podem variar muito, por terem um significado diferente para cada pessoa. Mas, apesar de você pensar, por exemplo, que só será feliz após uma grande conquista, lembre-se que antes mesmo de acontecer, você já terá pequenos motivos para celebrar e aliviar seu emocional, caso necessitar desse balanceamento. São essas pequenas grandes alegrias que merecem ser comemoradas antes do fim da jornada.
Devemos cuidar dos nossos pensamentos e eliminar crenças que sabotam a nossa felicidade. Afinal, será que temos medo de ser felizes? Não podemos temer a felicidade. Senão viveremos em uma busca constante de uma felicidade intocável que nunca existirá.
Trabalhe a sua autoestima, não meça esforços para elevá-la e se valorizar. Descarte situações tóxicas da sua vida, devolva cargas que não te pertence, cuide de sua saúde, aceite suas imperfeições, saia do automático, busque a pessoa linda e cheia de qualidades que te habita, se aproprie de suas conquistas, honre e respeite sua história, seja a melhor pessoa que possa ser, exerça a gratidão e sorria!
Quando obstáculos surgirem, apenas entenda que eles são necessários para gerar uma energia potencial e te impulsionar, evitando que você recue ou desista. Mas no fim, dependerá somente de você e de suas escolhas, se irá se paralisar ou buscar soluções.
E se a felicidade ainda não apareceu, porque está vivendo momentos desafiadores, lembre-se de perdoar, se perdoar, procurar novos caminhos, sair da zona de conforto, criar novos hábitos, assumir a responsabilidade e entender as emoções, esse esforço te mostrará o caminho.
Permita que o velho se vá. É para frente que seguimos e não para trás. Abra a sua janela e deixe a brisa de novas oportunidades entrar. E quando sentir a sua alma florir, abra a porta e se permita viver intensamente como você merece.
E se possível, invista no autoconhecimento. Saber quais são seus pontos fortes e o que precisa ser melhorado, contribuirá muito para você ser alguém melhor e especialmente para você!
Artigo escrito para a Revista Dolce Morumbi, em 30/11/2020.
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